Deus é santo e justo
É muito comum falar-se do amor de Deus. Este é um atributo bem conhecido dEle. Entretanto, só vamos compreender bem a extensão desse amor, se conhecermos bem outras características deste mesmo Deus, que são tão importantes quanto Seu amor.
Deus é absolutamente santo
“Eu sou o Senhor, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo; … portanto, vós sereis santos, porque eu sou santo.” (Lv 11.44-45).
“Farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o Senhor, o Santo em Israel.” (Ez 39.7).
Santo significa separado, puro, sem mistura. Os objetos santos do templo dos judeus eram os objetos separados, retirados do uso normal, comum e diário, para a utilização exclusiva a serviço de Deus.
A santidade está entre os principais atributos de Deus. É a característica pela qual Ele queria especialmente ser conhecido desde o Velho Testamento: Lv 11.44,45; 1Sm 6.20; Sl 22.3; Ez 39.7; Hc 1.13.
Para nossa mente é difícil compreender a santidade de Deus. Nós nunca experimentamos nem vimos tal ambiente de santidade. Não há palavras humanas capazes de descrevê-la. É necessário que o Espírito Santo nos revele a Sua santidade.
Aos nossos olhos, alguém que comece a obedecer todos os mandamentos do Senhor, deixando de cometer os pecados que tem consciência, já seria alguém santo. Aos olhos de Deus não. Ele é absolutamente diferente de todas as criaturas. É perfeito e puro. A santidade para Deus significa total e absoluta ausência de mancha ou erro. Para Ele não serve 99% de santidade. Ou é totalmente santo, ou é comum e impuro.
É impossível Deus conviver com o pecado. É contra a Sua própria natureza.
Por esta sua característica, Deus não pode ter comunhão com nada nem ninguém que tenha qualquer mancha, defeito ou imperfeição. Do contrário, Ele estaria anulando a sua santidade. É impossível para Deus ter comunhão com um ser em que Ele visse algum defeito. A Bíblia diz: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal.” (Hc 1.13). É uma impossibilidade. Da mesma forma que é impossível a nós convivermos e mantermos um diálogo com um cadáver. Nem mesmo o grande amor de Deus poderia fazê-lo ignorar o pecado do homem, permitindo-lhe relacionar-se com ele.
Deus é absolutamente justo
“Justiça e direito são o fundamento do teu trono; graça e verdade te precedem.” (Sl 89.14)
“Por isso, o Senhor cuidou em trazer sobre nós o mal e o fez vir sobre nós; pois justo é o Senhor, nosso
Deus, em todas as suas obras que faz, pois não obedecemos à sua voz.” (Dn 9:14).
A retidão e a justiça de Deus são as características que determinam o Seu tratamento conosco. Há vários textos que atribuem essas qualidades a Ele: Sl 89.14; Is 45.21; Dn 9.14; Ap 16.5.
“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder e jamais inocenta o culpado.” (Na 1.3)
Todo o amor de Deus não pode invalidar a Sua justiça. Deus não aceita o pecado. Manifesta sua ira e indignação contra toda impiedade e injustiça (Rm 1.18). A maior prova da seriedade e do rigor da justiça de Deus, é o que Ele fez com o Seu próprio Filho, moendo-o por causa dos nossos pecados. Para salvar-nos, Deus não poderia simplesmente tolerar nossos pecados. Jesus pagou por eles e foi castigado em nosso lugar.
Por maior que seja o amor de Deus, Ele não pode invalidar a Sua justiça.
Qualquer homem fica indignado com a injustiça. Todos ficam perplexos com a impunidade. Se alguém presenciasse um perverso assassinato, ficaria revoltado se o juiz responsável pelo caso absolvesse o homicida. Isto ocorre porque todos têm um senso de justiça. Se nós, que somos pecadores, temos este sentimento, quanto mais Deus que é santo e justo. Ele não poderia deixar o pecador sem o devido castigo.
“A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Rm 1:18).
A condenação do homem é eterna e infinita porque o homem pecou contra o Deus da santidade.
Deus é santo e justo. Ama o pecador, mas abomina o pecado.
Via Fazendo Discipulos